Fonoaudióloga Laise Kovalczyk
segunda-feira, 25 de maio de 2020
ESQUEMA CORPORAL
Você sabe o que é esquema corporal ?
É a representação do próprio corpo, das partes que o compõe e da relação das partes entre si .
A ausência do conhecimento de suas partes se reflete nas áreas da linguagem e da comunicação.
Consciência corporal : é a capacidade que temos de perceber o nosso corpo e entender nossos movimentos, nossa relação com o ambiente, os limites do corpo, até onde ele pode chegar durante o movimento.
As etapas do desenvolvimento psicomotor favorecem o desenvolvimento do esquema corporal e sua relação com o meio.
15 dias - fixa os olhos
3 meses- firma a cabeça, abre as mãos
5 meses- senta com apoio, pega a bolinha
6 meses - senta sem apoio, descobre o pé e o leva até a boca ., preensão em forma de grasping
7 meses - rasteja, engatinha
final dos sete meses a 8 meses, põe-se de pé
8-9 meses preensão em pinça
12 meses- caminha com ajuda, precisão para pegar
18 meses- caminha sem cair, senta sozinho, constrói torre com 3 cubos
2 anos- corre, torre de 6 cubos
Quanto mais a criança for estimulada mais ela irá desenvolver a consciência corporal , exemplificando: na hora do banho nomear as partes do corpo, diante do espelho nomear as partes que compõe a cabeça: cabeça, cabelo, olho, nariz , boca, orelha.....( essas atividades favorecem o desenvolvimento da linguagem , propiciando aumento do vocabulário )
Exemplo de atividades com crianças à partir de dois anos de idade para esquema corporal e consciência corporal: músicas infantis
Marcha soldado , cabeça ombro joelho e pé ,
Meu chapéu : O meu chapéu tem três pontas
Tem três pontas o meu chapéu
Se não tivesse três pontas
Não seria o meu chapéu
* ao cantarem meu leve a mão no peito
ao cantarem chapéu leve a mão na cabeça
ao cantarem três mostre os três dedos
ao cantarem não mostre o indicador fazendo o movimento de não
Fga. Laíse Kovalczyk
Pós Graduada em Distúrbios da Comunicação Humana-UFSM
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Consciência Fonológica e o Processamento Auditivo na Aprendizagem da Leitura e Escrita
Consciência Fonológica
•É a consciência de que as palavras são constituídas por diversos sons.
•Capacidade de dividir uma palavra em sílabas e uma sílaba em fonemas, bem como estabelecer semelhanças numa série de palavras fica claro que a consciência fonológica tem forte relação com o progresso em leitura e escrita
•A compreensão do sistema alfabético só é possível quando a criança consegue focalizar a palavra em si, quando a palavra passa a ser percebida como uma seqüência de sons
•Inicialmente a criança focaliza sua atenção apenas no significado
•A relação entre letras e sons da fala é sempre complicada pelo fato da escrita não ser o espelho da fala
•Crianças com dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita teriam dificuldades em relação à consciência fonológica
•Estudos concluem que a efetividade ou habilidade das crianças pra aprendizagem da leitura seria afetada pela experiência vivida (ex.: cantigas de roda)
•É a consciência de que as palavras são constituídas por diversos sons.
•Capacidade de dividir uma palavra em sílabas e uma sílaba em fonemas, bem como estabelecer semelhanças numa série de palavras fica claro que a consciência fonológica tem forte relação com o progresso em leitura e escrita
•A compreensão do sistema alfabético só é possível quando a criança consegue focalizar a palavra em si, quando a palavra passa a ser percebida como uma seqüência de sons
•Inicialmente a criança focaliza sua atenção apenas no significado
•A relação entre letras e sons da fala é sempre complicada pelo fato da escrita não ser o espelho da fala
•Crianças com dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita teriam dificuldades em relação à consciência fonológica
•Estudos concluem que a efetividade ou habilidade das crianças pra aprendizagem da leitura seria afetada pela experiência vivida (ex.: cantigas de roda)
Processamento auditivo central
•Refere-se a uma série de operações realizadas pelo sistema auditivo para interpretar vibrações sonoras por ele detectadas
•Etapas: atenção seletiva, detecção do som,sensação sonora,discriminação, localização, reconhecimento, compreensão e memória.
•As etapas envolvidas no PAC estão em estrita relação com a aquisição da linguagem e com a aprendizagem da leitura e da escrita.
•Ocorrendo falha em alguma das etapas, encontraremos a Desordem do Processamento Auditivo
Manifestações da DPAC
•Períodos curtos de atenção
•Dificuldades de linguagem no nível da compreensão e elaboração oral
•Dificuldade na leitura e na escrita , dificuldade no reconhecimento de palavras e frases
•Dificuldade em localizar a fonte sonora
•Dificuldade em ouvir em ambiente ruidoso
•Memória auditiva prejudicada
•Tendência ao isolamento
•Distração
•Pais e professores relatam: “ele parece que não escuta” . Além de todas essas alterações,é comum encontrarmos história de atraso de linguagem e otites de repetição,sendo considerada o nº de ocorrências,duração e idade.
* Espero com esse breve artigo ter auxiliado vocês.
Fga. Laíse Kovalczyk
Referência bibliográfica
AQUINO, A. M. C. M., Processamento Auditivo. Eletrofisiologia e Psicoacústica. 2002.
ADAMS, M. J., FOORMAN, B. R., LUNDBERG, I., BEELER, T. Consciência Fonológica. 2006.
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
DISLEXIA OU DÉFICIT DE ATENÇÃO ?
Não podemos confundir déficit de atenção com dislexia. A Dislexia é uma alteração do processo da leitura e da escrita;podemos encontrar em ambos os sexos, não está associada à distúrbios neurológicos ou outras alterações como síndromes e TGDs.;são crianças com QI em geral acima da média.
Existe uma dificuldade no processo de decodificação, transformar os símbolos em sons, dificuldade no processo da associação letra- som.
Segundo a Fonoaudióloga Ana Luiza Navas, a Dislexia é um tema controverso, pode ser confundido com outro distúrbio de aprendizagem na fase da alfabetização.
A criança disléxica, presta atenção mas não entende o que está escrito, seu comportamento é variável, algumas podem apresentar uma certa hiperatividade, pois uma vez que não entende perde o interesse;outras mostram-se muito quietas e distantes.;o disléxico apresentará graus variados de dificuldades,portanto, um não é igual ao outro.
A criança disléxica pode apresentar algumas comorbidades, tais como:
ansiedade;depressão;problemas comportamentais;transtornos do humor.
Na Dislexia iremos encontrar: disgrafia ou seja ,alteração no traçado da escrita ;disortografia,que é a troca de letras, acima da média e persistente ;discalculia, dificuldade para realizar cálculos e inversão de número; problemas de relação especial não só em relação às letras e números mas também em relação corpo-espaço.
A alteração do processamento auditivo pode estar presente no disléxico, mas nem todo o disléxico tem alteração do processamento auditivo.
Para quem encaminhar?? Uma equipe é responsável pela identificação e para o tratamento : Neurologista, Fonoaudiólogo; Psicopedagogo,Psicólogo
Prognóstico: é um problema que persiste, mas a evolução é favorável, a maioria das crianças conseguem aprender a ler e escrever......IMPORTANTÍSSIMO: a FREQUÊNCIA às sessões terapêuticas...ex: ir a uma sessão de fonoterapia, faltar 2, ir mais uma e seguir nesse rimo não proporciona uma evolução, mas causa desinteresse por parte da criança, pois ela não consegue aprender.
Segue o link de um lindo filme sobre Dislexia . Conta a história de um menino indiano que era disléxico e era tido como problemático.
Título: Como Estrelas na Terra
http://youtu.be/b6J0CCuA11w
Sugestão de livros:
Maturidade Escolar- Mabel Condemarin ; Dislexia manual de leitura corretiva-Mabel Condemarin & Marlys Blomquist ; A escrita infantil,evolução e dificuldades-J. de Ajuriaguerra
quinta-feira, 14 de maio de 2015
VOZ
HUMANA
O espectrograma da voz humana revela seu rico conteúdo harmônico.
A voz humana consiste no som produzido pela vibração das
pregas vocais para falar, cantar, chorar, gritar,etc...,
De modo geral, o mecanismo para gerar a voz humana pode ser subdividido
em três partes: os pulmões, as pregas vocais dentro da laringe e os articuladores : lábios, língua, dentes , palato duro , véu palatino e mandíbula.
O pulmão produz um fluxo de ar, que funciona como um combustível para a
voz, que é expulso pelo diafragma e passa pelas pregas
vocais, que vibram e transformam esse ar em pulsos sonoros, formadores da fonte
de som da laríngeo.
Os músculos da laringe ajustam a
duração e a tensão das pregas vocais para adequar a altura e o tom .
As pregas vocais, juntamente com os articuladores, são capazes de
produzir sons altamente intrincados. O tom da voz pode ser modificado para
sugerir emoções como raiva , surpresa ,sensualidade , tristeza e felicidade.
Produção Vocal :
A voz é produzida quando o ar respiratório (vindo dos pulmões) passa
pelas pregas vocais, e por nosso comando neural, por meio de ajustes
musculares, faz pressões de diferentes graus na região abaixo das pregas
vocais, fazendo-as vibrarem. Esse mecanismo se assemelha ao balão, quando o
secamos apertando sua "boca", provocando um ruído agudo, fruto da
vibração da borracha.
O ar expiratório, que fez as pregas vocais vibrarem, vai sendo
modificado e os sons vão sendo articulados (vogais e consoantes). Depois,
emitidos pela boca, criam a onda sonora que vai atingir a cóclea do ouvinte.
Então a voz é ouvida.
As pregas vocais vibram muito rapidamente. Nos homens, esse número de
ciclos vibratórios fica em torno de 125 vezes em um segundo. Na mulher, que tem
voz, geralmente, mais aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A
essa característica damos o nome de frequência As pregas vocais do homem têm mais massa e são
menos esticadas que as da mulher (como no violão, as cordas mais esticadas são
mais agudas e vibram mais que as cordas mais graves).
Qualidade vocal :
Qualidade vocal é o termo atualnte utilizado para
designar o conjunto de características que identificam a voz humana .
Anteriormente conhecida como Timbre.
A qualidade vocal ou timbre da voz depende das várias cavidades que vibram em
ressonância com as pregas vocais. Aí se incluem as cavidades ósseas, cavidades
nasais, a boca, a garganta, a traqueia e os pulmões, bem como a própria
laringe.
Altura vocal:
A altura vocal é um parâmetro diretamente ligado á frequência
de vibração das pregas vocais. As frequências fundamentais das vozes
masculinas podem variar de 80 a 150 Hz , as femininas de 150 Hz a 259 Hz e as
infantis encontran-se acima de 250 Hz. A
sensação psicofísica relacionada à altura do som da voz, como a julgamos,
camaremos de grave ou aguda.
Intensidade vocal:
Quanto à intensidade vocal, esta relaciona-se direto com a pressão subglótica
da coluna aérea que depende de uma série de fatores , como a amplitude de
vibração e tensão das pregas vocais. Voz forte ou voz fraca.
Ao contrário da altura vocal ,
quie muda durante toda a vida, a intensidae vocal utilixada geralmente fixa-se
na primeira infância.
Voz e Comunicação
A voz é uma característica humana intimamente relacionada com a necessidade
do homem de se comunicar. Ela é produto da sua evolução.; um trabalho em conjunto dos sistemas nervoso, respiratório e digestivo e de músculos, ligamentos e ossos, atuando harmoniosamente para que se possa obter uma emissão eficiente.
As pregas vocais (ou cordas vocais), primordialmente, não foram feitas para o
uso da voz. Esta foi uma função na qual a laringe (local onde se encontram as
pregas vocais) se especializou, mas estes músculos foram desenvolvidos, em
primeiro lugar, para as funções de respiração, alimentação e esfincteriana.
A voz está associada à fala, na realização da comunicação verbal, e pode
variar quanto à intensidade, altura, inflexão, ressonância, articulação e
muitas outras características.
Disfonia :
Dusfonia é alteração na produção
da voz
A disfonia pode ser orgânica,
funcional ou mista (orgânica-funcional). Ela não é uma doença, mas o sintoma,
uma manifestação de um mau funcionamento de um dos sistemas ou estruturas que
atuam na produção da voz.
A disfonia pode ser tratada. O profissional habilitado e responsável
pela intervenção das disfonias é o Fonoaudiólogo e geralmente este profissional trabalha em
conjunto (no caso da voz) com o Otorrinolaringologista.
Pode, ainda, trabalhar com o Professor de canto .. A voz sofre muita influência de hormônios e de nossas
emoções. É comum ouvir pessoas que estão muito tristes ou nervosas, roucas. A rouquidão é um tipo de disfonia.
A incapacidade de produzir a voz é chamada de afonia .
Fga. Laíse kovalczyk
terça-feira, 12 de maio de 2015
COMO
A FONOAUDIOLOGIA PODE AUXILIAR
NA TERCEIRA IDADE
NA TERCEIRA IDADE
- O assunto que segue abaixo, fez parte da palestra ministrada no dia 07 de maio de 2015 na Clínica Geriátrica Renascer, fazendo parte da Semana de Capacitação dos profissionais.
É correto dizer que o número de idosos vem aumentando.
Segundo o IBGE, a população acima de 65 anos deve quadruplicar até 2060,
ou seja, deve passar de 7,4% em 2013
para 26,7% em 2060 .
A velhice tende a ser considerada a fase
menos agradável da vida, pois ninguém comemora
por estar “velho” ,assim como comemoramos o nascimento, a chegada na adolescência e na fase adulta , muitos à partir dos 40
anos já não querem mais comemorar o aniversário. Talvez isso seja devido a
sociedade em que vivemos, onde à partir dos 40, quando estamos ricos em
experiência e com vários títulos
adquiridos (especialização, mestrado, doutorado) não encontramos mais mercado
de trabalho, quem dirá aos 50 anos . Se
é difícil para quem tem nível superior, imaginem o quanto é para aquele que não
teve oportunidade de frequentar escola ou faculdade. Sendo assim , precisamos
saber envelhecer e ultrapassar as barreiras impostas pela sociedade.
Quando o indivíduo começa a envelhecer? A partir de que momento considera-se o indivíduo um idoso?
Existem muitas controvérsias: alguns autores
consideram o início do envelhecer a partir dos 25 anos, idade na qual se atinge
o desenvolvimento máximo. Outros adotam 65 anos como sendo a idade legalmente
considerada como o início da velhice
(Douglas, 1994). Já outros autores preferem não rotular 65 anos como a idade do aparecimento dos
sintomas da velhice.
A verdade é uma só: o momento do início,
assim como a forma e a velocidade em que a velhice se instala dependerá das
características pessoais de cada indivíduo e/ou das influências do meio em que
vive (Douglas, 1994).
O envelhecimento ativo propicia bem- estar físico , social e mental
ao longo da vida.
A
atuação fonoaudiológica está baseada
numa abordagem, onde procuramos trabalhar a comunicação dentro de manifestações
bio-psico-sociais.
A voz, a fala e o corpo relatam muito de nossa saúde, contendo sinais que não podemos desprezar, sendo indicativos de problemas neurológicos, orgânicos, psicológicos e funcionais.
A voz, a fala e o corpo relatam muito de nossa saúde, contendo sinais que não podemos desprezar, sendo indicativos de problemas neurológicos, orgânicos, psicológicos e funcionais.
PATOLOGIAS QUE
PODEM SURGIR NA TERCEIRA IDADE
Presbifonia:
envelhecimento da voz
Embora o processo de envelhecimento seja progressivo e inevitável, existem grandes diferenças entre indivíduos na forma e extensão com que as alterações ocorrem. Diversas pesquisas demonstram que pessoas com a mesma idade cronológica exibem diferentes níveis de performance cognitiva, sensorial, motora e qualidade vocal, que dificulta a identificação da idade pelos ouvintes.
Embora o processo de envelhecimento seja progressivo e inevitável, existem grandes diferenças entre indivíduos na forma e extensão com que as alterações ocorrem. Diversas pesquisas demonstram que pessoas com a mesma idade cronológica exibem diferentes níveis de performance cognitiva, sensorial, motora e qualidade vocal, que dificulta a identificação da idade pelos ouvintes.
Considera-se
como um período de máxima eficiência
vocal dos 25 aos 40 anos, sendo que a partir dessa idade ocorre uma série de
alterações estruturais na laringe. O inicio do envelhecimento vocal, seu
desenvolvimento e o grau de deficiência vocal dependem de cada indivíduo, de
sua saúde física e psicológica e de sua história de vida, além de fatores
constitucionais, raciais, hereditários, alimentares, sociais e ambientais,
incluindo aspectos de estilo de vida e atividades físicas, desta forma é
possível a modificação do curso das alterações vocais do envelhecimento através
de exercícios, boa nutrição e estilo de vida saudável, o que explica como
alguns atores, cantores ou outros profissionais da voz atuante, as alterações
na voz devido ao envelhecimento podem ser menos proeminentes ou mesmo não
ocorrer.
Alterações respiratórias, tensões musculares, problemas de postura, podem
gerar o mau uso dos mecanismos do aparelho vocal impedindo uma voz natural.
·
Presbiacusia – envelhecimento do aparelho
auditivo: É uma das perdas que mais prejudica a capacidade
de comunicação. A exposição a ruídos, estresse, uso de certos medicamentos e
deficiências alimentares são alguns fatores da perda auditiva. A queixa típica
do idoso com esse quadro é que escuta, mas não entende o que lhe é dito.
·
Disfagia
– dificuldade em
engolir o alimento: As causas mais comuns são os problemas
neurológicos como AVC, TCE, Parkinson, Mal de Alzheimer, miastenia gravis,
distrofia muscular, esclerose lateral amiotrófica, paralisia cerebral, entre
outros.
·
Distúrbios
da motricidade oral: são mudanças anatômicas e/ou
funcionais do mecanismo oral. Funções
estomatognatas : mastigação,
sucção,deglutição, fala e respiração.
As causas mais comuns são: ausência de dentes, problemas periodentais,
atrofia dos músculos mastigatórios, prótese mal ajustada e as doenças
neurológicas.
ALTERAÇÕES MAIS COMUNS ENCONTRADAS
·
diminuição do paladar (não consegue mais sentir
plenamente o gosto dos alimentos, ocasionando aumento na adição de temperos)
·
diminuição da saliva
·
lentidão na hora da mastigação, seja pelo
envelhecimento dos órgãos como a língua ou por uso errado da prótese
(dentadura)
·
ter que fazer o ato de engolir várias vezes para
que o alimento todo desça
·
dificuldade em engolir alimentos duros, fibrosos e
secos
·
engasgos freqüentes e tosse após engolir
·
a voz torna-se grave em mulheres e aguda nos homens
·
mau uso de aparelhos de amplificação auditiva
·
presença de refluxo gastro-esofágico
·
próteses dentárias (dentadura) mal adaptadas
·
dificuldade ou incapacidade de escutar e/ou distinguir
sons, principalmente em ambientes ruidosos.
*O Fonoaudiólogo irá atuar na reabilitação das funções de mastigação e deglutição,
objetivando melhorar as condições de força,mobilidade, sensibilidade e função das estruturas envolvidas .
Além disso, também fará orientação quanto à
postura durante e após as refeições;consistência dos alimentos, manobras
facilitadoras, quantidade de alimento a ser ingerido., para uma melhor proteção
da via aérea evitando a aspiração dos
alimentos.
No que diz respeito à audição, é da
competência do Fonoaudiólogo a realização do exame auditivo( Audiometria ,
Imitanciometria) e indicação da Prótese auditiva, assim como o acompanhamento
do paciente após protetisação para a sua melhor reabilitação .
Em relação à voz e fala, as alterações
encontradas, o Fonoaudiólogo irá propiciar uma melhora na qualidade vocal.
Segue indicação de alguns livros para quem interessar:
-Conhecimentos Essenciais para atender bem ao paciente idoso--Heloisa Sawada Suzuki ,Coleção CEFAC..
-Fonoaudiologia Hospitalar- Iamara Jacinto de Azevedo Rios-Coleção CEPAC
-Doenças Neuromusculares, Parkinson e Alzaheimer- Ana Lúcia de Magalhães Leal Chiappetta-Coleção CEFAC
Fonoaudióloga Laíse Kovalczyk,
Pós
Graduada em Distúrbios da Comunicação Humana pela UFSM ; Aperfeiçoamento em
Fonoaudiologia Hospitalar pelo Instituto Pestalozzi e Helena Antipoff-RJ ; Formação
no método ABA pelo Universo Autista –São Paulo. Formação no Currículo Funcional Natural -Associação Mantenedora Pandorga- São Leopoldo
, Sócio Fundadora da Associação de Pais e Amigos do Autista de Santa Maria.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Sua Escola tem Fonoaudióloga ?
Mais uma
Campanha tem início pelo Conselho
Federal de Fonoaudiologia e Conselhos Regionais , a Campanha Fonoaudiologia Educacional 2015, cujo objetivo
é sensibilizar Gestores e Educadores em relação à importância do
fonoaudiólogo para a promoção de uma
aprendizagem de qualidade.
O Fonoaudiólogo tem muito a oferecer como
parte integrante da equipe pedagógica,agregando conhecimentos sobre a comunicação
humana, que são de sua competência, assim como discutindo estratégias
educacionais que possam favorecer o processo de ensino e aprendizagem.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
NÍVEIS LINGUÍSTICOS NO TEA
NÍVEIS LINGUÍSTICOS NO TEA :
Hoje vou escrever um pouco sobre os níveis linguísticos, resumidamente :
-Fonético e Fonológico- substituição de fonemas
- Semântico e Pragmático - dificuldade na significação dentro de um contexto .
-Morfossintático - dificuldade na organização das palavras na frase
-Prosódia -alterada
* Importante ! Ecolalia não é comunicação . A Ecolalia pode ser imediata ou tardia e é imitação verbal .
* Importante ! Ecolalia não é comunicação . A Ecolalia pode ser imediata ou tardia e é imitação verbal .
Podemos
fazer uso da ecolalia para desenvolver a comunicação: Devemos inserir uma
linguagem contextualizada e não reforçar a ecolalia que a criança produz.
Exemplo : Se a
criança diz bolinha , bolinha...você vai inserir a palavra em uma frase
com sentido: Você quer a bolinha??vamos pegar a bolinha e vamos jogar - então
você pega a bolinha e oferece a ela , pegue a bolinha; caso ele não pegue,
jogue e mostre e fale olhe a bolinha , vamos jogar .
** Todo o trabalho com a criança ou adolescente com autismo , deverá ser adaptado ao seu grau de dificuldade, de acordo com o seu desenvolvimento. É preciso respeitá-lo , seguir a evolutiva, pois uma criança autista com 5 anos, por exemplo, pode estar com a idade de desenvolvimento compreensivo e expressivo por volta de um ano e meio a dois anos . Toda tarefa deve ser apresentada de forma simples, um passo de cada vez.
O trabalho deve ser feito do concreto para o simbólico e respeitar o tempo de cada um .
Para que a linguagem ocorra, é preciso haver um entrelaçamento de
aspectos múltiplos-Bio-Psico-Social. É através da linguagem que ocorre a troca
de experiências.
Não
esqueça, sempre verbalize o que vai fazer- a ação dever ser acompanhada de
linguagem oral. Lembrar que a compreensão precede a expressão.
* O prognóstico para o desenvolvimento da linguagem vai depender da quantidade e da qualidade da estimulação, do grau de severidade e do grau de comprometimento cognitivo.
Muito importante : muitos pais quando chegam dizem: meu filho não fala, ele não se comunica, não entendemos, ele só grita , emite alguns sons e muitos movimentos com as mãos (estereotipias). Eu respondo: Isso tudo que vocês estão falando é linguagem, é como ele comunica o que sente. Pois seus gritos e estereotipias é o modo que ele tenta se fazer entender.
É muito importante para o desenvolvimento do autista a equipe multidisciplinar( neurologista, fonoaudiólogo, psicólogo, psicopedagogo, educador especial,terapeuta ocupacional ).
A estimulação da linguagem e da fala deve
ser ampla(receptiva, integrativa e expressiva) com integração dos componentes
,conteúdo, estrutura e uso. Exemplo: essa é uma caixa de leite, vou
colocar o leite no copo e vou beber. O leite é para beber, você quer um copo
com leite?
O trabalho
fonoaudiológico também dá ênfase para a estimulação dos órgãos
fonoarticulatórios afim de
fortalecer , melhorar as praxias , controlar a sialurréia(baba) que muitos
apresentam.
É importante para um bom desenvolvimento, estimularmos a organização
espaço-temporal e pensamento, estimulação visual e auditiva além dos
processos cognitivos. Tudo isso é gradativo, é um processo relativamente
lento, por isso mais uma vez , é preciso respeitar o tempo de cada um .
Fale pausadamente para que ele possa entender, coloque perto do seu rosto o objeto que ele quer, assim facilitará o contato visual , além dele visualizar como você articula a palavra.
Procure não oferecer celular ou tablet, pois estes não são brinquedos, a criança não interage com o outro, ela está com ela mesma. é preciso estimular a linguagem da criança através de atividades lúdicas que possam ser compartilhadas com o outro.
Vez ou outra faço uso do Tablet com aplicativos educativos, não passando de cinco ou dez minutos, trabalhando em conjunto com a criança.
Fale pausadamente para que ele possa entender, coloque perto do seu rosto o objeto que ele quer, assim facilitará o contato visual , além dele visualizar como você articula a palavra.
Procure não oferecer celular ou tablet, pois estes não são brinquedos, a criança não interage com o outro, ela está com ela mesma. é preciso estimular a linguagem da criança através de atividades lúdicas que possam ser compartilhadas com o outro.
Vez ou outra faço uso do Tablet com aplicativos educativos, não passando de cinco ou dez minutos, trabalhando em conjunto com a criança.
Espero que este pequeno
artigo tenha ajudado vocês.
Fonoaudióloga Laíse Kovalczyk
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